quinta-feira, 18 de março de 2010

O PEQUENO PRÍNCIPE

Boa noite, queridas!
Vim postar sobre o projeto que resolvi realizar este semestre:
Explorando o universo de O PEQUENO PRINCIPE de Antoine de Saint-Exupery. Lemos o livro de forma capitulada e assistimos o filme e o Pequeno Príncipe passou a fazer parte de nossas conversas diárias. O seu universo é tão delicado e lida tanto com a afetividade, tema recorrente neste blog, que a terceira série que leciono resolveu adotar sua postura tão pura em busca de conhecimentos e de auto-conhecimento.
Estamos produzindo um livro coletivo com textos feitos pelos alunos dos temas que observamos no livro:
Biografia do Autor
Informações sobre a Jibóia, a Raposa, o Elefante, a Serpente
Textos científicos sobre os Vulcões
O que é o Alcoolismo e quais suas consequências ?
Informações sobre a Rosa e métodos de plantação
O que é monarquia?
O que é a gravidade?
O Sistema Solar
Lista de qualidades de um bom governante
O que é um musical?
Autoria de músicas sobre o universo de O Pequeno Príncipe
Produção de textos instrucionais (Como fazer um avião com material reciclado, Como fazer rosas de origami, etc.)
Produção de livro individual de textos que chamaram a atenção do aluno com relação ao universo de O Pequeno Príncipe
Musical produzido pelos alunos utilizando tecnologias diversas
Mostra sobre o Universo de O Pequeno Príncipe
Os alunos sentiram uma ligação muito forte com o livro e todos os dias comentam coisas novas sobre o conhecimentos adquiridos durante a leitura e suas pesquisas complementares. Estarei postando algumas produções dos meus alunos.

sábado, 6 de março de 2010

Os portadores textuais

Bom, um novo ano e já tivemos um bom tempo para diagnosticar individual e coletivamente a turma. Agora é importante que a sala de aula esteja preparada como um espaço de circulação de material escrito.

Os portadores textuais diversos devem estar presentes diariamente em espaços nos quais os alunos possam ter acesso:

Uma caixa volante de livros deve estar em fácil acesso para que os alunos possam explorar em momentos planejados e livres como forma de contribuir para o desenvolvimento do comportamento leitor.

Livros, jornais, revistas, gibis, enciclopédias, filmes, cds e todo o tipo de material escrito deve ter espaço privilegiado, pois fazem parte de nosso cotidiano. Os livros didáticos são ferramentas no trabalho diário, pois tem uma artificialidade de textos ao fragmentá-los e agrupá-los num portador somente. O manuseio do portador é tão importante quanto o texto em si, afinal no nosso cotidiano é neles em que lemos o que tem real significado social.

Assim, a bula de um remédio, a embalagem de um produto, um artigo num jornal, etc. são materiais didáticos mais valiosos e interessantes.

Escolha com seus alunos os que mais interessam a turma e ofereça algo a mais sempre como forma de conhecer novos portadores. O acesso é fundamental para o desenvolvimento de um comportamento leitor desejável.

Quem lê, tem o mundo em suas mãos.
Abraços

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

ATIVIDADES DE LETRAMENTO COM CRIANÇAS SURDAS

Pois bem, senti que ao começar a falar sobre NEE surgiriam desafios específicos para se refletir neste blog. Como se trabalhar com crianças que possuem deficiência auditiva na perspectiva do letramento ?

Partindo da idéia que a língua materna é LIBRAS, que atividades desenvolverei com base em textos e portadores textuais? Bom, tanto o aluno que não possui conhecimento anterior quanto o aluno com deficiência auditiva podem compartilhar atividades parecidas, neste ponto o professor tem que ser realmente multidisciplinar na forma como vai realizar a leitura e até mesmo a escolha dos portadores textuais. Portadores com imagens devem ter especial atenção no dia-a-dia para que contemple as necessidades do aluno com deficiência auditiva. A rotina contempla o aluno surdo quando este se apóia na LIBRAS e na leitura de imagem para interpretar o que está lendo. Partindo da idéia de que leitura é ampla, o aluno tem que se apoiar em todos os tipos de informações do texto.

Há um texto a ser lido e isso pode ser feito através da leitura visual também. Todos os documentos podem e devem ser manipulados pelo aluno deficiente auditivo, sabendo-se que a comunicação oral em LIBRAS é fundamental e deve ser exercitada constantemente, o professor lê oralmente e através de sinais também contos de fadas que tem ótimas imagens, jornais com notícias relacionadas com a vida cotidiana do aluno (jornais de bairro funcionam bem porque os alunos se identificam com os ambientes comerciais presentes na comunidade), receitas com imagens de ingredientes para apoiar a leitura. É importante que não haja só imagens, deve haver apoio, porém o aluno deve desenvolver a consciência de que uma mensagem está escrita ali naquele suporte. Sugiro a mesma rotina da postagem anterior, porém com imagens e leitura em LIBRAS para dar a possibilidade ao aluno de desenvolver sua consciência com relação à necessidade da escrita para se comunicar.

sábado, 9 de janeiro de 2010

ALFABETIZANDO CRIANÇAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS

Como uma sugestão de uma colega que solicitou atividades para uma aluna com NEE, pensei em postar aqui algumas opções de trabalho para o início do ano, partindo da perspectiva que o letramento é indissociável da afetividade.
Bom, é importante identificar qual é o comprometimento do aluno e não estipular até onde ele pode chegar, mas trabalhar respetando seu tempo e suas necessidades.
Nos primeiros meses, o professor-alfabetizador deve elaborar sua rotina levando em consideração três pontos fundamentais:
1) Ele é um modelo de leitor de gêneros variados e um manipulador de uma diversidade de suportes textuais
2) Ele é um modelo de escritor que se comunica
3) Ele é um escriba da turma
Assim, quando elaboramos uma rotina, independente das NEE, devemos ler variados gêneros para turma todos os dias, para que todos adquiram um vocabulário diversificado e estimule sua imaginação. Meu exemplo de rotina do ano passado:
SEGUNDA - LEITURA DE CONTOS DE FADAS OU LENDAS
TERÇA - LEITURA DE TEXTOS POÉTICOS (MÚSICA, POESIA, RIMAS, ETC.)
QUARTA - LEITURA DE TEXTOS INSTRUCIONAIS ( RECEITAS, MANUAL DE COMO FAZER UM BRINQUEDO, POR EXEMPLO, ETC.)
QUINTA - LEITURA DE PARLENDAS (IMPORTANTÍSSIMO PARA A CRIANÇA ADQUIRIR TEXTOS DE MEMÓRIA E ASSIM COMEÇAR A BRINCAR DE ESCREVER SOZINHA USANDO SUAS ESTRATÉGIAS)
SEXTA - LEITURA DE TEXTOS INFORMATIVOS ( FICHA DE UM ANIMAL, DE UM FILME, ETC.)

Num segundo momento, é importante que os alunos explorem cópias de seus documentos (RG, Certidão de nascimento, Carteira de vacinação, teste do pezinho, etc.). Ela pode identificar seu próprio nome em meio a outras palavras que aos poucos vai percebendo. No caso de uma criança com NEE, ela pode pintar seu próprio nome, sua idade, os nomes de seus pais, etc...São documentos que ela deve manipular para que se identifique como um sujeito e um indivíduo no mundo.
As próximas ativdades de exploração devem respeitar os gostos do aluno. Exemplo, a receita de sua comida preferida, a letra da música que mais gosta, o significado de seu nome, sua árvore genealógica, fotografias de sua vida no qual possa escrever juntamente com a professora uma legenda. Ela deve manipular todos estes textos para que crie uma conscîência da escrita em seu mundo.
Aos poucos pode trazer para sala panfletos de supermercados próximos se sua casa. A professora pode propor a elaboração de listas de estabelecimentos conhecidos. Se a criança não tiver tanto comprometimento pode trabalhar com o auxílio do professor, ou com letras móveis para construir sua própria escrita.
Algo que faço no início do ano é um jogo com os textos. Dou-lhes o texto e peço para que façam bolinhas entre as palavras. No início alguns circulam todas as letras, mas com o passar do tempo passam a entender a brincadeira e começam a perceber que há palavras de uma letra, duas, três, quatro, etc. Pintar frases inteiras de parlendas. Pintar ou circular textos. Pintar ou circular autores. Pintar a letra solicitada. Localizar uma palavra. Textos fatiados em letras, palavras, frases. A dificuldade vai depender do aluno, mas o texto é o mesmo.
Isso é um investimento para o futuro leitor-escritor. No final do ano estão craques em compreender a estrutura do texto.
Eu sempre fazia registros com textos informativos do que nós havíamos aprendido sobre um determinado assunto, ou um relato. Há crianças que acompanham, outras nem tanto. O aluno com NEE também pode registrar, se não puder de forma escrita, pode colar letras móveis com o auxílio da professora ou de um colega. É importante que a criança participe da mesma aula. A professora pode adaptar a atividade para todos os perfis de aluno.
Para crianças com NEE, texto pode ser trabalhado, sempre de forma adaptada para que ela desenvolva habilidades diversas juntamente com seus colegas. O tempo dela deve ser respeitado.
Espero ter colaborado.
Abraços,

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

2010 - Em férias, porém antenada...

Olá queridas!
Faz um tempão que eu não escrevo no meu blog. Mas nem pensem que eu me esqueci daqui não hein? Estou reorganizando a AGENDA DO PROFESSOR numa espécie de publicação que estarei em breve mostrando para vocês. Tem espaço para calendário escolar, mapa textual, conteúdos bimestrais e planejamento anual, lista de alunos, rotinas e diário de atividades, entre outras coisas que todo professor gostaria de ter no mesmo "caderno". Tá bem legal e é muito funcional.
Ainda não tenho o preço fechado, mas se alguém tiver interesse de encomendar, é só comentar aqui ou enviar email kiuane@bol.com.br.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Raridade..

Comprei num sebo um livro do dr. Glenn Doman intitulado "Com ensinar seu bebê a ler". Calma, teóricos construtivistas de plantão. Fiz a leitura e não estou aqui fazendo propaganda, mas achei que um livro tão antigo tem muita coisa atual. A leitura para os pequenos tem possibilidades diversas, abre as janelas da criatividade.
Sugiro a leitura para reflexão. Tem muitas coisas de interesse na área de alfabetização, porque leitura é a base para uma boa alfabetização.
Abraços e muitas realizações neste ano de 2010.