domingo, 22 de novembro de 2009

REVISTA - LEITURA QUE NÃO PODE FALTAR NA SALA


Para formar o hábito da leitura, é preciso respeitar as preferências dos alunos. O professor pode ampliar seu planejamento com momentos de leitura de revistas como a RECREIO que estão antenadas com as vivências do mundo infantil. Explorar no início da leitura textos como o índice, HQ, enciclopédia, entre outros, de forma compreénsível e constante, enriquecem o repertório do aluno e vão tornando-o íntimo de textos de seu cotidiano. É um momento de duplo de aprendizagem onde professor ganha novos conhecimentos sobre o universo infantil e o aluno começa a refletir e compreender a funcionalidade da escrita e da leitura.
Lembrem-se, para turma de alfabetização, leitura constante de revistas.
Abraços,

AGUÇAR ATRAVÉS DA LEITURA


terça-feira, 3 de novembro de 2009

GUIA DE EVENTOS

Toda sexta-feira, levo para a sala de aula um GUIA DE EVENTOS do fim de semana. Lemos alguns eventos da parte CRIANÇA e PASSEIOS. Seleciono eventos variados (teatro, cinema, passeios) que são gratuitos e então reescrevemos no caderno como forma de sugerir eventos de cunho cultural para as crianças que nem sempre tem acesso.
É uma forma de trabalhar a leitura com estratégia de seleção. As crianças estão se habituando e até sentem falta quando não lemos.
Na sala de aula é necessário trabalhar gêneros diversos que tenham realmente uma função social, senão a leitura não faz sentido. A diversidade em gêneros possibilita a formação de um comportamento leitor variado que se utilize de estratégias também variadas.
Um grande abraço,
Cris

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Evolução do trabalho...

Meninas, perdoem-me a ausência, não estava conseguindo me conectar há um bom tempo. Fora a sala de aula que como sabemos é muito dinâmica e não dá tempo de fazer nada.
Bom, estamos no meio de outubro, praticamente no terceiro bimestre. Meus alunos avançaram muito e após um investimento intenso na alfabetização através da leitura, tenho 20 alfabéticos, 2 silábicos-alfabéticos e 2 silábicos com valor sonoro.
Vou continuar trabalhando com os textos fatiados e exploração de letras com os quatro alunos que ainda não estão alfabéticos, mas mesmo com eles observo que a leitura diário de gêneros diversos surtiu um efeito incrível. Estão produzindo receitas, textos informativos, bilhetes, textos narrativos, etc. e reconhecendo todo o percurso de autoria. Ufa! Todo dia era trabalhado na leitura e hoje se tornou um hábito na vida deles. Que delícia observá-los se entretendo e se informando com o texto.
Mas ainda não terminamos o trabalho. Precisamos avançar ainda mais. Na leitura estão fluentes, inclusive na sílabas complexas.
Neste último bimestre trabalharemos a produção textual individual, focando na revisão e levando em conta o leitor.
Vou postar por aqui alguns textos que eles produziram durante o ano.

beijos,
Cris

sexta-feira, 22 de maio de 2009

PRODUÇÃO DE TEXTO INFORMATIVO NA 1.ª SÉRIE PODE?

Tenho trabalhado o gênero informativo desde o primeiro dia de aula e tido progressos grandes entre os alunos ( a grande maioria chegou pré-silábica ).
Semana passada após ler informações sobre o GATO, solicitei que produzissem um texto informativo e grande foi minha surpresa ao perceber que a maioria da sala (mesmo os pré-silábicos) já destacavam as marcas textuais como título e autoria sem muitas dificuldades.
Contudo, o que me chamou a atenção foi a fala de uma aluna alfabética.
- Prô, posso escrever que o gato é bonito?
- Pode. Mas você acha que as pessoas gostariam de ler isso a respeito do gato?
- Acho que não. Elas querem saber mais coisas.
Voltou e fez o texto conforme as informações que havia discutido com os colegas a partir das leituras.
Fiquei refletindo quanto tempo a criança do passado perdeu ao escrever no modelo tradicional de composição. O GATO É BONITO. A CASA É BONITA. A BONECA É BONITA. Etc.
As sílabas sempre são simples. Não há uma riqueza linguística. Porém, observo que o trabalho do professor-alfabetizador muda a concepção e amplia os horizontes do aluno.
Sinto-me diariamente desafiada a avançar em meu trabalho e fico realmente feliz quando percebo que todo o meu trabalho tem tido um retorno maravilhoso. Todos produzem. Inclusive o pré-silábico.
O foco do trabalho mudou. Antes era preciso saber escrever para produzir um texto. Hoje o contrário pode acontecer tranquilamente. Obviamente, partindo de um trabalho planejado.
O que vocês acham?
Beijos

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Livro para fazer parte da sua estante

Queridas,
Indico o Dicionário de Alfabetização de Harris Hodges publicado pela Artmed. Com definições claras dos mais variados termos utilizados no campo da alfabetização, será de grande utilidade em estudos pessoais ou coletivos, inclusive na elaboração de relatórios e teses no campo educacional.
Abraços

segunda-feira, 20 de abril de 2009

SONDAGEM - LEITURA

Dica: Faça cartões que sigam estes exemplos:

IN%UN*HJ (LETRAS E SÍMBOLOS)

287347446 (NÚMEROS)

BOI (PALAVRA CURTA)

FORMIGA (PALAVRA LONGA)

Questione: Onde está escrito palavras?
Registre suas respostas.
Se o aluno, apontar as palavras BOI e FORMIGA, pergunte:
Onde está escrito BOI? Onde está escrito FORMIGA? Como você descobriu?
Observe a idéia de quantidade de letras. Este tipo de atividade pode ser feito uma vez por mês com os pré-silábicos para que se possa ter uma idéia de seu avanço e intervir de forma mais adequada.
ABRAÇOS,

Mais sobre Matemática

Queridas,
Em se tratando de analisar as hipóteses de construção dos conceitos numéricos, temos que observar o percurso de idéias que o aluno faz, por isso, a sondagem deve ser feita individualmente, registrando-se inclusive comentários sobre os números que a criança escreveu.
Quando, de repente, uma criança tem dificuldades para escrever, diz-se que sua coordenação motora fina ainda não está desenvolvida, porém ela tem idéias sobre como escrever um número.
A sondagem serve para que possamos compreender o que a criança já conhece a respeito do sistema de numeração. Apesar de não escrever convencionalmente, ela já tem idéia do que pode ser uma dezena por exemplo, (para 19, escreve algo parecido com 90, e explica tem 0 9 e a dezena), isto possibilita ao professor realizar intervenções que não partam do 0, mas do que a criança já reconhece como número.
No dia a dia, a criança tem contato com números diversos de telefone, da sua rua, do calendário, números de páginas de uma revista, por exemplo, o tamanho de sua roupa, de seu sapato, o preço de sua sonhada bicicleta, as moedas de seu cofrinho, os números do controle remoto, etc. Ela vai construindo idéias a respeito da escrita destes números.
Lembro-me de um primo que aos 5 anos manuseava bem o controle remoto sem conhecer os números. Perguntava a ele:
- Coloque no canal X.
- Ele apertava 0 4 e o 5.
- Você já conhece os números?
- Não.
- E como você soube que eram estes os números?
- guardei vários canais na minha cabeça.
Ele ouvia as pessoas falarem que este era o canal 45 e memorizava as teclas. Rápido construiu o conceito de dezena e depois centena.
A criança pode inventar símbolos ou se aproximar dos números convencionais, isto não importa, o importante é que ela tem a idéia de que é necessário dois símbolos para escrever números acima de 10. A garnde maioria não compreende a questão do valor posicional, por isso, podemos de repente, ver uma criança de 6 anos escrever 0001 para mil. Ela tem a idéia de o nó é formado por quatro números, porém, não dá atenção ao valor posicional do 1 e dos 0.
É importante trabalhar os nós no primeiro ano(10,100,1000). Isto será a base para que a criança construa mais idéias sobre os números e avance em sua escrita. Não é necessário trabalhar de forma maçante os números.
Na sondagem:
- Escreve 17, por favor? Que número vem primeiro? Por que? Que número vem por último? Por que?
Registre o que for possível e tabule para ter referência de como você pode trabalhar com as dificuldades individuais.
Se quiser saber mais, leia:
Didática da Matemática - Reflexões Psicopedagógicas, Cecilia Parra e Irma Saiz (orgs.), 258 págs., Ed. Artmed.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Sondagem de Matemática

As crianças também constróem idéias sobre o sistema de escrita de numeração. Você faz sondagem de números com seus alunos no 1.º ano?
Sugestão de sondagem:
5 - calendário
8 - calendário
10 - nó
12 - número não transparente
13- número não transparente
15 - número não transparente
18- número transparente
25 - número transparente
30 - calendário
100- nó
165- número transparente
786 - número transparente
1000 - nó
1345 - número transparente
2009 - número de memória

Número transparente que pode se apoiar na fala para escrever 165 -100 + 60 +5
Número não transparente que precisa saber a simbologia sem se apoiar na fala: 15
Nós: 10, 100, 1000

A criança pode ter uma idéia do que é dezena, centena e milhar sem se importar com o valor posicional. Exemplo pode escrever 2 símbolos para explicar uma dezena, porém sua escrita ainda não é convencional.

Vou continuar este assunto se vocês tiverem interesse, pois se trata de como a criança constrói suas hipóteses.
Beijos,

Produção Textual

Olá, alfabetizadoras!
Relato aqui um pouco da minha rotina diária com foco na alfabetização. Começamos o ano realizando o diagnóstico de hipóteses de escrita da turma e observei uma grande quantidade de pré-silábicos com conhecimento da grafia das letras, o que já é um grande avanço, pois não partimos da garatuja e sim da hipótese de quantidade de letras.
Partindo disto, iniciei um trabalho com leitura de textos diariamente. Não me importava o tamanho, mas sim a diversidade no gênero ( fichas informativas, biografias, contos de fadas, fábulas, etc.) e a qualidade do texto, o que possiblita a ampliação do vocabulário. Em seguida trabalhamos a segmentação textual. Ou seja, solicitava aos alunos que fizessem bolinhas nos espaços entre as palavras. Isto possibilita aos pré-silábicos perceber as variações nas quantidades de letras de uma palavra, aos silábicos a possibilidade de analisar a palavra pela letra inicial e final, aos silábicos-alfabéticos a leitura da palavra dando ênfase a unidade sonora e aos alfabéticos a possibilidade de observar as irregularidades ortográficas.
Exemplo:
Texto de memória:
A*CANOA*VIROU
POR *DEIXAR*ELA*VIRAR
FOI*POR*CAUSA*DO*FULANO
QUE*NÃO*SOUBE*REMAR
Após o trabalho de segmentação, sugeria que os alunos identificassem uma palavra que começassem com C de Caio e terminasse com SA de Sávio. Além disso, trabalhávamos após este momento, a questão do título e a autoria ( se era coletiva, dupla, individual ). Em seguida, produzíamos um texto com base no texto trabalhado. Exemplo, se lemos uma ficha do Lobo-guará, fazíamos um texto coletivo, analisando as hipóteses de escrita de cada aluno, destacava sempre a necessidade de se colocar um título que desse clareza do que ia ser lido e finalmente me detinha na questão da autoria.
Bom, avalio estes dois primeiros meses de forma positiva. Eles compreenderam muito bem a questão dós critérios de um título e autoria coletiva. Na semana passada, lemos um texto sobre o mosquito da dengue e propus que produzissem um texto individual sobre o mesmo. O objetivo desta atividade não era observar as regularidades ortográficas, mesmo porque a grande maioria ainda estava em hipótese pré-silábica no mês de fevereiro (Só tenho 2 pré-silábicos agora) , mas sim focar no trabalho de critérios de escolha do título e autoria.
Grande foi a minha alegria ao observá-los organizando oralmente suas idéias e dando ênfase no que foi solicitado (título e autoria), mesmo os pré-silábicos não esqueceram destes pontos.
No meu planejamento, observo momentos de produção coletiva neste bimestre, porém mesmo que estes ainda não estejam em hipótese alfabética, espero que até o final do ano tenham construído um comportamento leitor e escritor dando ênfase ao percurso de autoria.
Nos próximos bimestres pretendo diminuir a produção textual coletiva e aumentar a produção em dupla e individual, para que os momentos de produção coletiva no final do ano, sejam somente para desenvolver o hábito de planejar, executar, revisar e reescrever.
Abraços,

terça-feira, 24 de março de 2009

ALFABETIZAÇÃO

Não perca o especial de ALFABETIZAÇÃO deste mês da revista Nova Escola. Há muitas dicas sobre Diagnóstico Inicial, Rotina e Projetos com gêneros variados.
Abraços,

BIOGRAFIA NA SALA DE AULA


Paulista de Taubaté, Monteiro Lobato (1882-1948) foi advogado, fazendeiro e adido cultural do Brasil nos EUA. Empreendeu luta incansável pela necessidade da exploração do petróleo em terras brasileiras e isso valeu-lhe a prisão e o exílio na Argentina.
Não há no Brasil quem tenha superado Monteiro Lobato como escritor de histórias infantis. No Sítio do Pica-pau Amarelo (uma chácara imaginária), ele colocou personagens antológicos como a boneca Emília, Narizinho e Pedrinho, Dona Benta, Tia Anastácia, Rabicó, o Visconde de Sabugosa, Tio Barnabé, o Saci-pererê, a Cuca, o Minotauro e muitos outros, misturando realidade e fantasia em doses sábias. Monteiro Lobato soube lidar com o universo mental da criança, empregando mitos do folclore mundial que convivem harmoniosamente com os mitos das histórias populares brasileiras.
Algumas histórias infantis: Reinações de Narizinho, Caçadas de Pedrinho e Hans Staden, Memórias de Emília e Peter Pan, Emília no País da Gramática, A Aritmética de Emília, O Poço do Visconde, Geografia de Dona Benta, Histórias de Tia Anastácia, O Minotauro, O Marquês de Rabicó.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Textos

“...A criança nova que habita onde eu vivo
Dá-me uma mão a mim e a outra a tudo que existe
E assim vamos pelo caminho que houver
Saltando, cantando e rindo
E gozando o nosso segredo comum
Que é o de saber por toda a parte
Que não há mistério no mundo
E que tudo vale a pena
Se a alma não é pequena...”

Fernando Pessoa

sábado, 14 de março de 2009

Método para alfabetizar?

Queridas,
resolvi escrever sobre este tema porque tenho percebido um discurso muito autoritário com relação a métodos. Diz-se que este ou aquele é melhor e automaticamente se exclui o outro como forma eficaz de alfabetização.
Os teóricos têm que vender seu peixe e criticam de forma autoritária outros métodos. O que posso dizer como alfabetizadora que todos os recursos são válidos. Isto só depende do aprendizado da criança.
Quando comecei a dar aula, me jogaram numa sala de 1.º ano e como não tinha prática principalmente identidade em meu trabalho, apelei para a forma como eu fui alfabetizada, tradicionalmente no be-a-bá. Com o passar dos anos comecei a amadurecer e escolher melhor os caminhos pelos quais podia alfabetizar.
Hoje nem 8 e nem 80. Alfabetizo conforme a turma e a necessidade. Gosto de trabalhar com textos e produções e percebo uma motivação maior por parte dos alunos neste tipo de trabalho. O trabalho de coordenação também foi reciclado. Nada de cópia, agora recortes e dobraduras ajudam o aluno a desenvolver sua coordenação motora fina.
Mas isto não significa que descartei o antigo. Dou abertura para o novo, mas se vejo a eficácia para alguns no método antigo, por que não?
Não sei vocês, mas cheguei a conclusão de que todo radicalismo é ruim para a sociedade. Vejam aí os péssimos resultados da progressão continuada. Alguns alunos não sabem sequer escrever um bilhete. Você não pode excluir o aluno quando o coloca em uma turma com dificuldades. Mas não se esqueça que estará excluindo socialmente quando ele chegar num 5.º ou 6.º ano sem saber sequer ler uma linha de um texto.
O que vocês acham?

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

SUGESTÃO DE FILME

Assisti o filme "Escritores da liberdade" e achei de uma sensibilidade muito grande.Há observações interessantíssimas sobre o contexto do aluno nos dias atuais e uma reflexão maior sobre os contéudos ensinados tradicionalmente.
Não deixem de assistir!
Beijos

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

AGENDA DO PROFESSOR

Olá, queridas!
O ano já começou e as aulas estão aí. Como eu sentia uma necessidade grande de me manter organizada, tinha alguns cadernos (muitos). Esse ano mudei de estratégia e criei uma agenda onde organizo todo o meu material e informações do ano num mesmo local. É simples, mas funcional. Organizei a agenda da seguinte forma:
Dados, grade de horário, calendário escolar 2009 com espaço para os dias letivos e legenda, lista de alunos, mapa da classe, calendário mês a mês, calendário de reuniões, trabalhos, avaliações, sites, livros, etc, espaço para anotações de reuniões, diário de atividades (semanário) e agenda de telefones. Personalizei, encadernei e ficou ótimo! Tudo num lugar só, estou feliz da vida.
Vou disponibilizar o CD por R$10,00 mais frete e você imprime só aquilo que desejar e personaliza do seu jeito.
Se você tiver interesse, favor deixar email.
Beijos e bom início de ano letivo!

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

DICA DE LEITURA

Este mês tem uma artigo interessantíssimo na Nova Escola sobre Redação Escolar. Não deixem de ler.
beijos,
http://revistaescola.abril.com.br/edicoes/0219/aberto/escrever-verdade-414742.shtml

TEXTOS

ABC da Flor
Flor-abelha
Flor-alegria
Flor-alimento
Flor-amor
Flor-beleza
Flor-borboleta
Flor-colibri
Flor-orvalho
Flor-perfume
Flor-silêncio
Flor-sonho
Flor-vida,
Vida de flor.
Cleonice Rainho

TEXTOS

Dúvida
Pelo alegre bosque,
como Chapeuzinho Vermelho,
vou seguindo...
embora meus cabelos soltos
esvoacem à brisa da manhã.

Estou feliz:
passarinhos cantam,
zumbem insetos,
florezinhas exalam
doces perfumes.

Não sei como o lobo mau
pôde aparecer num lugar assim.
Cleonice Rainho

TEXTOS

A Boneca

Deixando a bola e a peteca,
Com que inda há pouco brincavam,
Por causa de uma boneca,
Duas meninas brigavam.

Dizia a primeira: "É minha!"
— "É minha!" a outra gritava;
E nenhuma se continha,
Nem a boneca largava.

Quem mais sofria (coitada!)
Era a boneca. Já tinha
Toda a roupa estraçalhada,
E amarrotada a carinha.

Tanto puxaram por ela,
Que a pobre rasgou-se ao meio,
Perdendo a estopa amarela
Que lhe formava o recheio.

E, ao fim de tanta fadiga,
Voltando à bola e à peteca,
Ambas, por causa da briga,
Ficaram sem a boneca . . .
Olavo Bilac

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

INDICO ESTA BIBLIOGRAFIA

A lei cruel mas franca da Grécia e da Roma antigas autorizou a matar uma criança. Na Idade Média os pescadores achavam em suas redes cadáveres de bebês afogados nos rios. Na Paris do século XVII vendiam-se crianças pequenas a mendigos e sobre o adro da Nôtre Dame se livravam dos pequeninos por nada. E isto não faz tanto tempo. Ainda hoje são abandonados quando são demais. O número de crianças ilegítimas, abandonadas, negligenciadas, exploradas, depravadas, maltratadas, aumenta dia-a-dia. De certo, elas são protegidas pela lei, mas suficientemente?”

(Janusz Korczak, Direito da criança ao respeito. P. 46)
KORCZAK, Janusz.. Como amar uma criança. Prefácio de Bruno Bettelheim. São Paulo, Paz e Terra, 1986. (Também editado pelas Edições 70)

KORCZAK, Janusz. Quando eu voltar a ser criança. São Paulo, Summus,1981.

DALLARI, Dalmo de Abreu e Janusz Korczak. O direito da criança ao respeito. São Paulo, Summus, 1986.

ABRAHAM, Ben. Janusz Korczak (1878-1942): Coletânea de Pensamentos. São Paulo, Associação Janusz Korczak do Brasil, 1986.

------------. Diário do Gueto, Janusz Korczak, Mestre e Mártir. Tradução de Bluma Sahm Paves. São Paulo, Distribuição Summus, 1983.

Bíblia - um ótimo recurso pedagógico

Sem defender aspectos religiosos, me volto neste espaço para um livro riquíssmo que pode muito nos ajudar no processo de alfabetização. A BÍBLIA. Não se assuste, mas eis aqui uma biblioteca com um diversidade textual incrível que pode em muito agradar o seu aluno.
Além das epopéias com homens corajosos que despertam a imaginação e a criatividade como Sansão, Davi, Daniel, o próprio Jesus, entre outros, temos a poesia e as reflexões sobre o caráter no livro de provérbios com ensinamentos para o nosso dia-a-dia.
O espaço de discussão sobre o caráter humano é fundamental para enriquecer a formação de nossos pequenos.
As versões infantis com ilustrações são muito interessantes, mas podemos trabalhar com diversas versões e observar as diferenças. Isto colabora para o enriquecimento de repertório do aluno.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

SUGESTÃO DE LEITURA

Queridos amigos,
desde que comecei a atuar na área de educação, tenho refletido sobre a falta de motivação dos alunos e pouca concentração nas propostas de trabalho, além do problema da disciplina. O professor comprometido tenta de todas as formas resolver os conflitos, mas se sente perdido em muitos momentos e bastante frustrado por não conseguir desempenhar seu trabalho.
Vemos um ataque ferrenho aos profissionais da educação. A sociedade procura culpados pelo fracasso escolar. Mas algo me inquieta. O que será que está acontecendo realmente? Que caminhos deveremos tomar?
Quando estava na faculdade, parecia-me que havia uma lacuna em minha formação com relação ao contexto atual de nossa escola. Sentia falta de algo que me explicasse esse vazio na sociedade que levou a instituição escolar ao estado que se encontra.
Lendo um livro de Augusto Cury, intitulado Pais brilhantes, professores fascinantes, que muito injustamente encontramos em setores de auto-ajuda nas livrarias e bibliotecas, comecei a entender um pouco melhor o que está ocorrendo com nossa sociedade. Ele explica sobre a SPA, síndrome do pensamento acelerado, provocado pelo excesso de informações inúteis enviados pelos diversos meios de comunicação que ocupam o nosso pensamento não com qualidade de momentos emocionais mas com quantidade de lixo social que nos tornam ansiosos e hiperativos e diminuem a nossa concentração sobre as coisas belas e significativas.
Indico a leitura deste livro que pode nos deixar menos ansiosos com relação a nossa atual situação dentro da educação,
beijos

sábado, 10 de janeiro de 2009

TEXTOS


Idéias
As idéias moram
no pensamento
ou na mente
que tem sua casinha
na cabeça da gente.

Vão e vêm, viajam
na terra ou no mar.
Descansam, param,
saltam e voam alto
e longe, no azul do ar.

Dispensam carro
navio ou avião,
pois, se transportam
pela imaginação.

Podem nascer obscuras,
mas, se é uma idéia legal
brilha logo, lâmpada acesa,
pela Vontade e pelo Ideal.

Alimentam-se
umas das outras,
de lembranças,
de conversas,
de belas gravuras
ou boas leituras
e também da natureza
em sua simples beleza.

Mas, a idéia mais feliz,
a maior, a mais viva,
que sustenta os sonhos meus
— é a idéia de Deus.
Cleonice Rainho

TEXTOS

O Elefantinho

Onde vais, elefantinho
Correndo pelo caminho
Assim tão desconsolado?
Andas perdido, bichinho
Espetaste o pé no espinho
Que sentes, pobre coitado?
— Estou com um medo danado
Encontrei um passarinho!
Vinícius de Moraes

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

ANÁLISE E REFLEXÃO DA ESCRITA

ALFABETO DE ALIMENTOS

Material:
* Potinhos de papinha vazios
* Pequenas quantidades de alimentos não perecíveis como arroz, café, feijão, leite em pó, maizena, sal, temperos diversos, etc.
* Letras de A a Z em EVA
* Etiquetas
* Cola

Modo de fazer:
Com sua turma, cole nas tampas dos potinhos as letras em EVA (23 POTINHOS). Em seguida converse com eles sobre os alimentos não perecíveis que podem ser estocados em casa.
Nos potinhos com as respectivas letras colocar uma pequena quantidade de alimento do dia. Exemplo, Arroz no potinho A.
Escrever a palavra ARROZ na etiqueta e colá-la no potinho. Fazer isso até que termine todos os potinhos.
Colocá-los em ordem alfabética em um lugar visível da sala para que os alunos possam observá-los sempre que desejarem.
Solicitar que os alunos organizem tabelas em ordem alfabética, escrevendo o nome dos alimentos trabalhados na atividade.
Montar um livro de receitas com cada um dos dos ingredientes.
OBS: Para tornar a atividade mais interessante, você pode trazer o alimento preparado para que as crianças possam prová-lo e assim ampliarem seu repertório bem como expor suas opiniões sobre suas prefências alimentares.

Dica de Leitura: O PEQUENO PRÍNCIPE

Ai, que delícia são as férias! Descansar é tão bom. Renova as energias para um novo ano, novos alunos, novos projetos e novos conhecimentos. Mas como toda mortal que se preze, que tal dar uma lida sem pretensão nenhuma?
Não deixe de ler O PEQUENO PRÍNCIPE de Antoine Saint-Exupery. Não importa a idade, é uma obra que nos faz encontrar aquela criança dentro de nós, tão inquieta, tão sensível, tão simples na forma de ver as coisas. Me deu saudade da minha infância e do quanto fui feliz quando aprendia sobre as coisas da vida. Há sabedoria na criança, sabedoria pura.
Abraços,