quarta-feira, 12 de novembro de 2008

USO DE GIBI EM SALA DE AULA - ARTIGO

A educação está no gibi
Mestre em Educação e cartunista, DJota Carvalho mostra como o professor pode usar histórias em quadrinhos em sala de aula. O livro tem prefácio de Gonsales e apresentação em quadrinhos. Houve um tempo em que histórias em quadrinhos só entravam na escola se fossem escondidas no meio de um livro. E outro no qual "especialistas" do Ministério da Educação afirmavam que as HQs causavam "lerdeza mental".
Nos dias de hoje, porém, pesquisas indicam que a simples leitura dessas revistas melhora a proficiência de alunos e, mais ainda, se bem utilizadas, podem ser fortes aliadas do professor em sala de aula. É o que defende - e explica como fazer - DJota Carvalho, em A educação está no gibi, livro que a Papirus Editora acaba de lançar.
"É possível usar Mônica e Cebolinha pra ensinar matemática, super-heróis para física e química, quadrinhos Disney e Asterix para história, Xaxado e Príncipe Valente para geografia... não há limites. Na verdade, a única disciplina para a qual não achei uma forma de contribuição das HQs foi a educação física. Por enquanto...", brinca DJota, que também é professor de Teoria da Comunicação na PUC-Campinas e ministra palestras sobre como utilizar quadrinhos na escola há 11 anos. No livro, o autor não apenas conta como o professor pode utilizar diretamente as HQs nas mais diversas disciplinas, mas também faz uma pequena oficina ilustrada com dicas para produzir uma história em quadrinhos como trabalho multidisciplinar. "Muitos professores tentam produzir uma história com os alunos em sala, mas sempre se defrontam com os mesmos problemas, como textos que não cabem em balões e a dificuldade em desenhar os quadrinhos, por exemplo. Procuro mostrar como superar esses problemas e transformar a atividade em algo mais simples e divertido, mas ao mesmo tempo rico em conteúdo escolar", diz.A educação está no gibi é prefaciado por Fernando Gonsales, autor da tira Níquel Náusea, e a apresentação do livro é uma história em quadrinhos de quatro páginas, desenhada pelo premiado cartunista Bira Dantas.
O livro tem sete capítulos, todos ricamente ilustrados, nos quais DJota primeiro explica um pouco sobre as diferenças entre as artes gráficas (charge, cartum, HQs, tiras e caricaturas), depois fala sobre a história da HQ no Brasil e no mundo e, ainda, faz um histórico da conturbada relação entre HQs e educação no país. "Achei importante contextualizar um pouco, para que o professor não caia de pára-quedas na história. Por isso mesmo, antes de entrar nos exercícios específicos, ainda falo um pouco sobre mangás, os quadrinhos japoneses que hoje em dia assustam muitos pais e educadores, e já ensino a fazer um exercício de português e estudo do folclore usando Dragon Ball, o mais popular dos desenhos do Oriente", conta. Isso feito, o autor descreve vários exercícios utilizando HQs em matemática, português, física e biologia, entre outras matérias."São dois ou três exercícios por disciplina, às vezes mais. Há exemplos para uso no ensino infantil, fundamental e médio, e o professor pode fazer suas próprias adaptações ou até mesmo pedir ajuda, pelo e-mail que consta no livro", diz.
No último capítulo, o autor dá dicas básicas para professores e alunos produzirem histórias e até montarem um fanzine em sala, como atividade multidisciplinar. "As HQs são uma mídia atraente, financeiramente acessível e fácil de usar. Tem gente que acha que quadrinhos são coisa de criança, mas eles são muito mais do que isso: são uma forma eficiente de melhorar o ensino e a relação professor/aluno", diz DJota.
SERVIÇO:A Educação Está no Gibi
DJota Carvalho
Prefácio de Fernando Gonsales
Papirus Editora15,5 x 22 cm - 112 páginas
ISBN 85-308-0822-3
FONTE: http://www.amigosdolivro.com.br/lermais_materias.php?cd_materias=4363

Um comentário:

Ivanise Meyer disse...

Oi, Cristiane!
Gostei muito deste artigo.
Parabéns pelas postagens, estão ótimas!!! Copiei aquele texto sobre o furto infantil (muito interessante).
Beijinhos,
Ivanise :)