segunda-feira, 20 de abril de 2009

SONDAGEM - LEITURA

Dica: Faça cartões que sigam estes exemplos:

IN%UN*HJ (LETRAS E SÍMBOLOS)

287347446 (NÚMEROS)

BOI (PALAVRA CURTA)

FORMIGA (PALAVRA LONGA)

Questione: Onde está escrito palavras?
Registre suas respostas.
Se o aluno, apontar as palavras BOI e FORMIGA, pergunte:
Onde está escrito BOI? Onde está escrito FORMIGA? Como você descobriu?
Observe a idéia de quantidade de letras. Este tipo de atividade pode ser feito uma vez por mês com os pré-silábicos para que se possa ter uma idéia de seu avanço e intervir de forma mais adequada.
ABRAÇOS,

Mais sobre Matemática

Queridas,
Em se tratando de analisar as hipóteses de construção dos conceitos numéricos, temos que observar o percurso de idéias que o aluno faz, por isso, a sondagem deve ser feita individualmente, registrando-se inclusive comentários sobre os números que a criança escreveu.
Quando, de repente, uma criança tem dificuldades para escrever, diz-se que sua coordenação motora fina ainda não está desenvolvida, porém ela tem idéias sobre como escrever um número.
A sondagem serve para que possamos compreender o que a criança já conhece a respeito do sistema de numeração. Apesar de não escrever convencionalmente, ela já tem idéia do que pode ser uma dezena por exemplo, (para 19, escreve algo parecido com 90, e explica tem 0 9 e a dezena), isto possibilita ao professor realizar intervenções que não partam do 0, mas do que a criança já reconhece como número.
No dia a dia, a criança tem contato com números diversos de telefone, da sua rua, do calendário, números de páginas de uma revista, por exemplo, o tamanho de sua roupa, de seu sapato, o preço de sua sonhada bicicleta, as moedas de seu cofrinho, os números do controle remoto, etc. Ela vai construindo idéias a respeito da escrita destes números.
Lembro-me de um primo que aos 5 anos manuseava bem o controle remoto sem conhecer os números. Perguntava a ele:
- Coloque no canal X.
- Ele apertava 0 4 e o 5.
- Você já conhece os números?
- Não.
- E como você soube que eram estes os números?
- guardei vários canais na minha cabeça.
Ele ouvia as pessoas falarem que este era o canal 45 e memorizava as teclas. Rápido construiu o conceito de dezena e depois centena.
A criança pode inventar símbolos ou se aproximar dos números convencionais, isto não importa, o importante é que ela tem a idéia de que é necessário dois símbolos para escrever números acima de 10. A garnde maioria não compreende a questão do valor posicional, por isso, podemos de repente, ver uma criança de 6 anos escrever 0001 para mil. Ela tem a idéia de o nó é formado por quatro números, porém, não dá atenção ao valor posicional do 1 e dos 0.
É importante trabalhar os nós no primeiro ano(10,100,1000). Isto será a base para que a criança construa mais idéias sobre os números e avance em sua escrita. Não é necessário trabalhar de forma maçante os números.
Na sondagem:
- Escreve 17, por favor? Que número vem primeiro? Por que? Que número vem por último? Por que?
Registre o que for possível e tabule para ter referência de como você pode trabalhar com as dificuldades individuais.
Se quiser saber mais, leia:
Didática da Matemática - Reflexões Psicopedagógicas, Cecilia Parra e Irma Saiz (orgs.), 258 págs., Ed. Artmed.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Sondagem de Matemática

As crianças também constróem idéias sobre o sistema de escrita de numeração. Você faz sondagem de números com seus alunos no 1.º ano?
Sugestão de sondagem:
5 - calendário
8 - calendário
10 - nó
12 - número não transparente
13- número não transparente
15 - número não transparente
18- número transparente
25 - número transparente
30 - calendário
100- nó
165- número transparente
786 - número transparente
1000 - nó
1345 - número transparente
2009 - número de memória

Número transparente que pode se apoiar na fala para escrever 165 -100 + 60 +5
Número não transparente que precisa saber a simbologia sem se apoiar na fala: 15
Nós: 10, 100, 1000

A criança pode ter uma idéia do que é dezena, centena e milhar sem se importar com o valor posicional. Exemplo pode escrever 2 símbolos para explicar uma dezena, porém sua escrita ainda não é convencional.

Vou continuar este assunto se vocês tiverem interesse, pois se trata de como a criança constrói suas hipóteses.
Beijos,

Produção Textual

Olá, alfabetizadoras!
Relato aqui um pouco da minha rotina diária com foco na alfabetização. Começamos o ano realizando o diagnóstico de hipóteses de escrita da turma e observei uma grande quantidade de pré-silábicos com conhecimento da grafia das letras, o que já é um grande avanço, pois não partimos da garatuja e sim da hipótese de quantidade de letras.
Partindo disto, iniciei um trabalho com leitura de textos diariamente. Não me importava o tamanho, mas sim a diversidade no gênero ( fichas informativas, biografias, contos de fadas, fábulas, etc.) e a qualidade do texto, o que possiblita a ampliação do vocabulário. Em seguida trabalhamos a segmentação textual. Ou seja, solicitava aos alunos que fizessem bolinhas nos espaços entre as palavras. Isto possibilita aos pré-silábicos perceber as variações nas quantidades de letras de uma palavra, aos silábicos a possibilidade de analisar a palavra pela letra inicial e final, aos silábicos-alfabéticos a leitura da palavra dando ênfase a unidade sonora e aos alfabéticos a possibilidade de observar as irregularidades ortográficas.
Exemplo:
Texto de memória:
A*CANOA*VIROU
POR *DEIXAR*ELA*VIRAR
FOI*POR*CAUSA*DO*FULANO
QUE*NÃO*SOUBE*REMAR
Após o trabalho de segmentação, sugeria que os alunos identificassem uma palavra que começassem com C de Caio e terminasse com SA de Sávio. Além disso, trabalhávamos após este momento, a questão do título e a autoria ( se era coletiva, dupla, individual ). Em seguida, produzíamos um texto com base no texto trabalhado. Exemplo, se lemos uma ficha do Lobo-guará, fazíamos um texto coletivo, analisando as hipóteses de escrita de cada aluno, destacava sempre a necessidade de se colocar um título que desse clareza do que ia ser lido e finalmente me detinha na questão da autoria.
Bom, avalio estes dois primeiros meses de forma positiva. Eles compreenderam muito bem a questão dós critérios de um título e autoria coletiva. Na semana passada, lemos um texto sobre o mosquito da dengue e propus que produzissem um texto individual sobre o mesmo. O objetivo desta atividade não era observar as regularidades ortográficas, mesmo porque a grande maioria ainda estava em hipótese pré-silábica no mês de fevereiro (Só tenho 2 pré-silábicos agora) , mas sim focar no trabalho de critérios de escolha do título e autoria.
Grande foi a minha alegria ao observá-los organizando oralmente suas idéias e dando ênfase no que foi solicitado (título e autoria), mesmo os pré-silábicos não esqueceram destes pontos.
No meu planejamento, observo momentos de produção coletiva neste bimestre, porém mesmo que estes ainda não estejam em hipótese alfabética, espero que até o final do ano tenham construído um comportamento leitor e escritor dando ênfase ao percurso de autoria.
Nos próximos bimestres pretendo diminuir a produção textual coletiva e aumentar a produção em dupla e individual, para que os momentos de produção coletiva no final do ano, sejam somente para desenvolver o hábito de planejar, executar, revisar e reescrever.
Abraços,

terça-feira, 24 de março de 2009

ALFABETIZAÇÃO

Não perca o especial de ALFABETIZAÇÃO deste mês da revista Nova Escola. Há muitas dicas sobre Diagnóstico Inicial, Rotina e Projetos com gêneros variados.
Abraços,

BIOGRAFIA NA SALA DE AULA


Paulista de Taubaté, Monteiro Lobato (1882-1948) foi advogado, fazendeiro e adido cultural do Brasil nos EUA. Empreendeu luta incansável pela necessidade da exploração do petróleo em terras brasileiras e isso valeu-lhe a prisão e o exílio na Argentina.
Não há no Brasil quem tenha superado Monteiro Lobato como escritor de histórias infantis. No Sítio do Pica-pau Amarelo (uma chácara imaginária), ele colocou personagens antológicos como a boneca Emília, Narizinho e Pedrinho, Dona Benta, Tia Anastácia, Rabicó, o Visconde de Sabugosa, Tio Barnabé, o Saci-pererê, a Cuca, o Minotauro e muitos outros, misturando realidade e fantasia em doses sábias. Monteiro Lobato soube lidar com o universo mental da criança, empregando mitos do folclore mundial que convivem harmoniosamente com os mitos das histórias populares brasileiras.
Algumas histórias infantis: Reinações de Narizinho, Caçadas de Pedrinho e Hans Staden, Memórias de Emília e Peter Pan, Emília no País da Gramática, A Aritmética de Emília, O Poço do Visconde, Geografia de Dona Benta, Histórias de Tia Anastácia, O Minotauro, O Marquês de Rabicó.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Textos

“...A criança nova que habita onde eu vivo
Dá-me uma mão a mim e a outra a tudo que existe
E assim vamos pelo caminho que houver
Saltando, cantando e rindo
E gozando o nosso segredo comum
Que é o de saber por toda a parte
Que não há mistério no mundo
E que tudo vale a pena
Se a alma não é pequena...”

Fernando Pessoa

sábado, 14 de março de 2009

Método para alfabetizar?

Queridas,
resolvi escrever sobre este tema porque tenho percebido um discurso muito autoritário com relação a métodos. Diz-se que este ou aquele é melhor e automaticamente se exclui o outro como forma eficaz de alfabetização.
Os teóricos têm que vender seu peixe e criticam de forma autoritária outros métodos. O que posso dizer como alfabetizadora que todos os recursos são válidos. Isto só depende do aprendizado da criança.
Quando comecei a dar aula, me jogaram numa sala de 1.º ano e como não tinha prática principalmente identidade em meu trabalho, apelei para a forma como eu fui alfabetizada, tradicionalmente no be-a-bá. Com o passar dos anos comecei a amadurecer e escolher melhor os caminhos pelos quais podia alfabetizar.
Hoje nem 8 e nem 80. Alfabetizo conforme a turma e a necessidade. Gosto de trabalhar com textos e produções e percebo uma motivação maior por parte dos alunos neste tipo de trabalho. O trabalho de coordenação também foi reciclado. Nada de cópia, agora recortes e dobraduras ajudam o aluno a desenvolver sua coordenação motora fina.
Mas isto não significa que descartei o antigo. Dou abertura para o novo, mas se vejo a eficácia para alguns no método antigo, por que não?
Não sei vocês, mas cheguei a conclusão de que todo radicalismo é ruim para a sociedade. Vejam aí os péssimos resultados da progressão continuada. Alguns alunos não sabem sequer escrever um bilhete. Você não pode excluir o aluno quando o coloca em uma turma com dificuldades. Mas não se esqueça que estará excluindo socialmente quando ele chegar num 5.º ou 6.º ano sem saber sequer ler uma linha de um texto.
O que vocês acham?

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

SUGESTÃO DE FILME

Assisti o filme "Escritores da liberdade" e achei de uma sensibilidade muito grande.Há observações interessantíssimas sobre o contexto do aluno nos dias atuais e uma reflexão maior sobre os contéudos ensinados tradicionalmente.
Não deixem de assistir!
Beijos

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

AGENDA DO PROFESSOR

Olá, queridas!
O ano já começou e as aulas estão aí. Como eu sentia uma necessidade grande de me manter organizada, tinha alguns cadernos (muitos). Esse ano mudei de estratégia e criei uma agenda onde organizo todo o meu material e informações do ano num mesmo local. É simples, mas funcional. Organizei a agenda da seguinte forma:
Dados, grade de horário, calendário escolar 2009 com espaço para os dias letivos e legenda, lista de alunos, mapa da classe, calendário mês a mês, calendário de reuniões, trabalhos, avaliações, sites, livros, etc, espaço para anotações de reuniões, diário de atividades (semanário) e agenda de telefones. Personalizei, encadernei e ficou ótimo! Tudo num lugar só, estou feliz da vida.
Vou disponibilizar o CD por R$10,00 mais frete e você imprime só aquilo que desejar e personaliza do seu jeito.
Se você tiver interesse, favor deixar email.
Beijos e bom início de ano letivo!